Refração Clínica Prática é uma coletânea de escritos e figuras que tem acompanhado as aulas e palestras sobre refração clínica proferidas pelo autor em anos recentes. Destina-se ao médico iniciante na especialidade e à reciclagem do conhecimento de oftalmologistas veteranos.
Procurou-se realizar apresentação voltada à clínica oftalmológica, com o mínimo de considerações de óptica física e geométrica, de fórmulas matemáticas e de esquemas de marcha de raios. Para facilitar a explicação, em alguns capítulos às vezes se repete matéria constante de outros.
Para pormenores remete-se o leitor aos manuais clássicos de oftalmologia, dos quais o autor destaca os excelente livros Refração de Aderbal de Albuquerque Alves, Refratometria Ocular de Harley E A Bicas, Aderbal de Albuquerque Alves e Ricardo Uras e Noções de óptica, refração ocular e adaptação de óculos de Durval Prado, notáveis médicos oftalmologistas brasileiros.
Os defeitos de refração e a presbiopia respondem pela maior parte das consultas ao médico oftalmologista, enquanto a refração clínica configura o início e o acabamento do exame oftalmológico. Sejam quais forem as queixas do doente, os diagnósticos e os tratamentos, o médico oftalmologista necessita determinar a acuidade visual, conhecer o estado refrativo, corrigir a refração do amétrope e proporcionar ao présbita a melhor visão para perto. Deve também verificar se a receita foi aviada corretamente, se as lentes têm as curvaturas adequadas, se os óculos estão situados na posição certa diante dos olhos.
As lentes oftálmicas são dispositivos médicos. Sua utilização científica na correção (às vezes chamada compensação) das ametropias foi estabelecida por Donders, médico oftalmologista holandês, em 1864. Por outro lado, o progresso no conhecimento das lentes oftálmicas se deve a estudos pioneiros de médicos oftalmologistas, dentre os quais se destacam Wollaston, Ostwalt, Percival e Tscherning.
O médico oftalmologista da atualidade deve conhecer as características das lente oftálmicas com a mesma profundidade de quem conhece a farmacologia dos medicamentos.
O autor agradece antecipadamente críticas e sugestões.
